quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Arestas imperfeitas atraem

Reter. Dentro das mãos. A imagem. Entreter. Enganar a passagem do tempo. Passagem? Quanto custa? O seu retrato quanto custa? Quero deixar seu sorriso preso na parede da minha retina. Retida no relógio. Retida no peito. Batida. Acelerada. Freiada de carro quando você está. Você é. Freiada de carro as seis da tarde. Arde. Esse corte na boca. Que cospe saliva. Oliva. Cor de oliva era a sua camisa.
Prender. A mão no calor do abraço. Embaço. Pra dizer meia dúzia de bobagens. Imagens. Os seus olhos me dão imagens multicoloridas de um outro mundo. E acho que existe uma lógica ilógica na atração dos corpos. Copos. Que passam de mão em mão. Calor em explosão. Na noite fria o texto se perde numa penumbra. A sensação ilesa continua aquecendo a aresta mais avessa do coração.

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