sábado, 27 de março de 2010

II. VIDEOTAPE

Aquilo que ansiava numa massa disforme de silêncios simplesmente lhe escapava pelos dedos. Uma cena de filme que não conseguiu se reter na memória. Qual era mesmo o fim da história? Já não conseguia lembrar quando parou de sonhar e começou apenas a tecer, ver cenas que não existiam, mas que não chegavam a ser sonhos, nem alucinações. Eram apenas desejos desencarnados tentando apodrecer na lixeira do cérebro.

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