domingo, 18 de julho de 2010

Pequeno contraponto

Essa reserva. Eu não entendo a razão. Quero estar perto. Quero mergulhar na onda. Mas me ausento. Me perco na armadilha das palavras. Como se houvesse um medo, uma chance de queimadura no ato da entrega. Tenho medo de você. Mas tenho uma paixão pela sua simbologia, presença, ausência, tempestade, copo e sorriso. Não entendo isso. É a primeira vez que me sinto menor. Retraída. Com vergonha da ignorância que parece exalar de mim. Comparada ao seu silêncio minha verborragia parece inútil. A minha intensidade parece teatral.
Em contraponto, escorro deliciosamente nas suas melodias, descobrindo letras, linhas, pontos, novas possibilidades que só existem no seu mundo.

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