sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Da não intimidade

Vago.
É vago esse lugar.
É triste essa sensação de não pertencer.
É silenciosa essa vontade de morder um pedaço do céu.
É imenso esse desejo seco.
Essa vontade carente de me deixar esquecer
De me desprender
De todas as coisas que não sejam minhas.
Vago.
É sempre muito vago ao meu lado.
Desse lado da rua em que nada reside.
Esse silêncio que progride a medida que os anos caem
Como pedaços de reboco no chão fosco.
A medida que o tempo se esvaí
E qualquer medida parece ridícula.

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