sábado, 27 de junho de 2009

Se eu sumir um tempo, é pra não criar dúvidas no riso. Tudo cisma em ocorrer na mesma hora e eu sou péssima pra me decidir. Em cima do muro não é agradável. Ainda feliz por um retorno. Ainda rindo por dentro. Mas sem o vício da espera.O passado pertence ao passado. E o presente é confuso demais. O meu sentimental se enovela todo, veias, carne, saliva, mas a pistola não dispara, aqui dentro nada se move. Por um dia achei que o vazio tivesse se retirado, mas percebo que ele está incorporado a mim. Não tem muito jeito, não dá pra esperar que a Lua saia de seu lugar, que as estrelas parem de rodopiar ou que simplesmente pare de ventar. Cada coisa tem seu tempo. O meu é bagunçado. Por mais que eu queira, não adianta, o tempo escorre lento e espesso.
O caminho até a Lua ainda é longo, reecontrei o Drummond amassado no fundo do meu bolso. E lá vamos nós de novo, em silêncio, pela noite que não tem fim, sem nada ou ninguém.

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