sábado, 11 de julho de 2009

Não cumpro minhas promessas. Remessas de carta sem remetente, sem destinatário. Ergo ao firmamento minha voz e nada sai. Grito surdo, precavido contra o movimento, não chama a atenção. Chego a correr nua pelo asfalto molhado, cheia de loucura. Movida por intenções que já não são minhas. Onde você olha? E quando olha o que vê? Não há resposta. Eu passo muito rápido, cometa em queda, incendiando metade das formas de vida. Inclusive a minha. Não cumpro promessas, não esqueço os nomes que deveria esquecer,ouço Freelove, Strange Effect e Bolero de Ravel. Fico submersa nas minhas agonias. Relevando o bom senso pra casa do nunca mais. Efeito? O efeito paranóico da corrida sem rumo, sempre na batida vertiginosa. Esmurrando facas com unhas de porcelana. Esmurrando prédios inteiros, andar por andar na busca do meu sentido.

Nenhum comentário:

Postar um comentário