domingo, 6 de junho de 2010

Cigarro solto e molhado nº10

Indiscútivel. Foi a forma que pude compreender o verbo dela sobre mim. Era imutável. Não questionável. Ela não queria que eu fosse qualquer coisa além de mais alguém na lista de emails. E eu, na constante insistência de uma frincha perdi as mãos tateando suas paredes. Em si tão grossas, duras e impenetráveis. Abateu-se sobre meu riso uma certa tristeza por uma derrota já declarada. Um sentimento de partida sem regresso. Na verdade nem chegar, nem aproximar. Vendo meus atos não conjuro erros, pra ela deixei um pouco do meu lado mais paciente, não digo doce, porque a doçura depende de um querer. Mas tentei transparecer um pouco. Talvez meu pouco impulsivo. Talvez meu muito de esquizofrênico. Talvez o pueril...talvez não tenha sido o jeito certo. O lado certo,mas agora pouco importa.
Inútil é tentar perseguir borboletas mesmo, elas fogem. Mas também inútil é esticar a mão. Arredia como é. Convem-me ficar quieto.

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