domingo, 6 de junho de 2010

Poema degenerado nº 3

Cansei-me do teu laconismo
da tua febre rude que transpassa
as tentativas vidraças
do meu senso de espera.
Dancei confome a tua aspereza
deitei sobre a mesa
as minhas mensagens
deixo que agora o vento refresque
e leve pra dentro novamente
o que não te carece.
O passado que morra de si mesmo
que se mate em mordidas esvaziadas
eu já não quero esmurrar teus vidros
já não almejo tuas migalhas
por dentro me dói ser vencido
e ainda assim gasto letras na tua palma roxa
e gasto letras pra tua alma dura
e mesmo assim me comovo
com a tua envergadura de alma
...

és sem querer algo de bendito


[se não houvesse algo de imediato e magnético seria apenas mais uma letra no alfabeto...]

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