quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Todas as noites do ano
[pequeno discurso sobre um roteiro]

Todas as noites do ano, passaram incolumes, todas as noites do ano em silêncio. E eu resolvi escutar todas a minha coleção de músicas tristes na esperança de te esquecer. E eu resolvi provar todas as corrosões, tentando perder a boca, a saliva e a graça. Era um conto escondido no meio do disfarce. Era um silêncio de jeans e camiseta branca, James Dean revoltado, rolando de ponta a ponta. Todas as noites do ano passaram esfumaçadas até eu perceber que não havia perdido nada além dos meus segredos menos intímos. Eu não havia saído. E apenas isso já foi um desgaste. Todas as noites do ano agora, passam ao som de Chat Baker. A meia luz. Fazendo estrelas num céu escuro e silencioso. Nada além de uma calmaria. Vão se passar assim todas as noites do ano?

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